sábado, agosto 29, 2009

Recadinho para os meus cursistas...

Gostaria que lessem cada unidade antes do encontro e que fizessem toda atividade do livro, pois irei conferir para avaliar... Antes das oficinas iremos debater sobre o assunto das TPs. Obrigada e um abraço...

Novo cronograma...

CRONOGRAMA DAS OFICINAS DO GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA Professor - Formadora - Sumara Kênia Local - E.E.Jovianos de aguiar Data / Horário Atividades a serem desenvolvidas 05/08/2009- 8H ÀS 18H -OFICINA 5 - TP3 - UNIDADE 9 E 10 04/09/2009- 16h às 20 h OFICINA 6 - TP3 - UNIDADE 11 E 12 05/09/2009- 8h às 12h Oficina 8 - Tp4 - Unidade 15 e 16 12/09/2009 16 h às 20 h Oficina 9 - TP5 - Unidade 17 e 18 22/09/09 - 8h às 12h Oficina 10 - TP5 - Unidade 19 e 20 As TP1 , TP2,E TP6 A COMBINAR COM OS PROFESSORES CURSISTAS , POIS EM NOVEMBRO FECHAREMOS MAIS UMA ETAPA...

domingo, agosto 23, 2009

Tudo que fizemos com amor é simplesmente perefeito...

Exposição dos portifólios dos meus cursistas... Não poderia de expor aqui no meu blog, as maravilhas dos trabalhos feitos pelos meus cursistas...Desde do inicio esperava que fosse assim, pois aqui em Gouveia os professores são compromissados , responsaveis e o melhor, gostam de ver resultado e fruto dos seus trabalhos junto com seus alunos... Estou super feliz com voces queridos cursistas... Parabéns e um grande abraço cheio de carinho...

Cada pasta mais linda que a outra...

Parabéns cursistas, pelo excelente desempenho nos nosssos encontros e na montagem das pastas... Adorei... Continuem com esse entusiasmo que o trabalho sairá cada vez melhor e o resultado mais rápido ainda com nosssos alunos...

Meus cursistas são muito criativos...

Tivemos vários avançando na prática. Livro de poesia, fábulas, biografias,textos literários e não literários etc...

sexta-feira, agosto 21, 2009

Estarei em Montes claros , do dia 24 a 28 de agosto...

2ª ETAPA - 40h - Socialização do andamento das formações nos Estados/Municípios e estudo das TPs 1,2 e 6.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Mais um recadinho pra variar...

Queridos cursistas, Seu portfolio deve conter: .memorial profissional: fala sobre sua trajetória até chegar ao magistério e sua atuação profissional hoje; .memorial de leitura; .relatório da primeira oficina (unidades 9 e 10 - TP 3), juntamente com os exemplares das atividades realizadas por seus alunos; Como combinado receberei até o dia 21 , sexta feira . Abraços...

Recado importante para os cursistas...

No dia 22/08/2009 iriamos encontrar com os professores para apresentação das oficinas 9 e 10 11 e 12, mas como aqui na nossa cidade tera reposição de aulas neste dia, recolherei os portfólios dos professores cursistas ate sexta feira , pois domingo ja estaremos nós, os professores formadores para a segunda etapa que sera em Montes claros... Abraços e me aguardem com novas ideias e experiencias para vces queridos cursistas.

sábado, agosto 08, 2009

Terei que alterar novamente o cronograma...Aguardem

Todo ponto de vista é a vista de um ponto Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. Leonardo Boff

ROTEIROS A SEGUIR PARA SEU PORTIFÓLIO...

GESTAR II - ROTEIROS . PARA ORIENTAR SEUS TRABALHOS: 1. RELATÓRIO - OFICINA ( BREVE RELATO - 1 A 2 FOLHAS): Nome do formador: Nome da escola que leciona Nome da escola onde está sendo desenvolvida à oficina Data da oficina Atividades desenvolvidas Observações/ ocorrências/ impressões 2. PORTIFÓLIO O portifólio é um arquivo no qual se pode visualizar o caminhar do profissional. Nele constam atividades, reflexões, textos que tocam o coração do autor do portifólio, fotos, textos teóricos, registros e imagens diversas. Alguns critérios devem para a produção portifólio: Memorial; relato de sua experiência como educador. Memorial de leitura: reflexão sobre o seu processo de letramento e suas experi~encias , como leitor , desde a infância. Relatórios Reflexivos das atividades realizadas com os alunos; Registro dos encontros presenciais;

Sugestõs de leitura

“Questões de Linguagem Autores: Maria Helena Martins (Org.) Coleção: Repensando o Ensino Sugestões de leituras Oficina de leitura – Teoria & Prática Autora: Ângela Kleiman Editora: Pontes – Editora da Unicamp Texto e Leitor - Aspectos Cognitivos da Leitura Autora: Ângela Kleiman Editora: Pontes – Editora da Unicamp • DICAS 6 práticas de um ótimo professor Prof. Brandão Minardi Aquele educador, você sabe "aquele", o admirado por todos na instituição, o professor dos professores, não surge por acaso. Tampouco nasce pronto, com o dom de lecionar. Ao contrario, ele se faz no dia-a-dia, através de pequenos gestos que fazem a diferença para os alunos. Veja algumas dicas para que você se torne um educador ainda melhor. 1. O foco não é você, mas seus alunos. Alguns professores se vêem como os entendidos absolutos de um assunto, que com o seu conhecimento compartilhado impacta para sempre a vida dos estudantes. Pensar assim e uma maneira rápida de matar uma aula. Os melhores educadores não se perguntam, todo o dia "o que eu vou fazer hoje?". O questionamento deles e "o que é mais útil que meus alunos façam hoje?". 2. Estude os estudantes. Conhecer sua disciplina não basta. E preciso entender as pessoas que estão ali, sentadas na sua frente. Quais são seus desejos, seus talentos, suas experiências previas de vida (mesmo que você dê aula para o jardim da infância seus alunos tem experiências prévias). E, mais importante, o que eles desejam aprender e como? 3. Se voce quer que seus alunos assumam riscos, crie um ambiente seguro. Uma pessoa só aprende caso reconheça, primeiro, que não sabe muita coisa sobre o assunto em questão. E reconhecer a ignorância, principalmente para classes mais adiantadas, significa colocar-se em uma posição desconfortável, de risco. Um terreno nunca antes desbravado. Para diminuir o impacto, e preciso criar um ambiente seguro e confortável. Quem tem espaço e recursos, pode ate colocar um sofá e almofadas confortáveis no canto da sala, para estimular leituras e pesquisas. Apele, também, para a velha tática de pendurar os trabalhos de seus alunos nas paredes, um apoio visual que os reassegura de seus potenciais. Sim, isso vale para qualquer série. Que tal reproduzir aquela boa resposta ou trecho de redação e colocar no mural? 4. Paixão é tão importante quanto o conteúdo. A paixão, aquela gana de estar em uma sala de aula e dar o melhor de si é o que diferencia os bons professores daqueles ótimos educadores, que são admirados por todos. Não tenha medo de se apaixonar por seu trabalho. Os alunos percebem aqueles educadores que se importam, que estão ali para fazer a diferença, e aqueles que apenas cumprem o horário. 5. Seja claro. Outro atributo dos melhores professores e a capacidade de ser claro mesmo quando o assunto e complicado. Equações, phrasal verbs, analise sintática e morfológica. Com jeitinho e paciência, não existe assunto complicado que não possa ser transmitido de forma a que todos entendam. Abandone os jargões de sua profissão, use a linguagem de seus alunos. 6. Bons professores perguntam e ouvem mais do que falam. Lembra que falamos, lá em cima, sobre os alunos estarem em terreno desconhecido para eles? Que tal dar-lhes uma ajuda para que cada um explore o local a sua maneira? Faça perguntas que os levem a tirar suas próprias conclusões, que estimulem a discussão sobre a matéria. Não e difícil. Tais questões são simples como: - Por que isso aconteceu desse jeito? Vamos lá, chuta uma razão - Como você acha que o problema foi resolvido? E similares.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Leitura e Escrita - P assando pelo blog de uma colega do Gestar II a chei esse artigo e repasso para vocês meus cursistas.

ARTIGO MUITO INTERESSANTE SOBRE LEITURA E ESCRITA LER (MUITO) PARA ESCREVER (BEM): CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA CRENÇA Maria Teresa Gonçalves Pereira Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ RESUMO Existe exploração (in)consciente do papel do leitor na apropriação de um texto lido e, porque o sensibilizou, foi apreendido. O aluno recebe influências do autor, de uma maneira ou de outra. Urge mostrar-lhe que a apropriação de um texto não é ato condenável e redutor, banalizando sua produção, transformando-a em mera cópia; antes é uma reescritura, um exercício "fertilizado" por modelos que tendem a enriquecê-lo lingüística, literária e culturalmente. Essa atitude deve-se dar tanto em relação ao conteúdo (temas) quanto à forma: marcas lingüísticas e/ou recursos estilísticos. A leitura como facilitadora da (boa) escrita difunde-se como crença nos bancos escolares. Palavras-chave: leitura – escrita - apropriação Existe exploração consciente do papel do leitor na apropriação de um texto lido e, porque o sensibilizou, foi apreendido. O aluno, ao trabalhar o texto, recebe influências do autor, de uma maneira ou de outra, mais ou menos, como uma espécie de "fertilização de mentes". Segundo Walty e Cury (1999), ao assumir que se apropria de textos alheios, fazendo-os ecoar no que escreve, o aluno-leitor confere à escrita sua feição indissociável de leitura. A relação de um leitor com diferentes textos não é previsível, nem uniforme, antes, oscila entre o fácil e o difícil, entre a estranheza e a agressividade, evidenciando que a relação intertextual revela as contradições do espaço cultural. Urge mostrar ao aluno que a apropriação de um texto não é ato condenável e redutor, banalizando sua produção, transformando-a em mera cópia; é uma reescritura, um exercício "fertilizado" por modelos que tendem a enriquecê-lo lingüística, literária e culturalmente. Essa atitude deve-se dar tanto em relação ao conteúdo (temas) quanto à forma: marcas lingüísticas e/ou recursos estilísticos que sensibilizam o aluno-leitor por ocasião da abordagem do texto. A leitura como facilitadora da (boa) escrita difunde-se como crença nos bancos escolares em todos os níveis. Tal assertiva ganhará verdade e consistência se houver uma estratégia para o seu aproveitamento, sem impor valores ou posturas. Apenas o ato de ler, trivialmente falando, não traz conseqüências imediatas para o ato de "escrever bem", como é voz geral. Por ocasião da abordagem de um texto, deve-se considerar (e apreciar) os recursos lingüísticos que lhe dão sustentação (funcional e estética), assim como a atitude diante do fenômeno da linguagem em sua concepção plena. Então, tal leitura renderá frutos compensadores no momento da elaboração de um texto. Para Guedes e Souza (1998), substituindo a tradicional e conhecida reverência em relação ao artista "iluminado", distinto dos pobres mortais, importa que o professor recomende e oriente a leitura de poetas, romancistas, contistas, cronistas, ensaístas, jornalistas, cordelistas, publicitários para desvelar ao aluno o sentido e o valor dos recursos expressivos de que se valem ao mostrar o seu trabalho na língua escrita para dar conta da configuração de realidades conhecidas ou que exploram pela primeira vez. A visão histórica da construção da língua escrita como um trabalho de todos os que ampliaram sua capacidade de expressão coloca tais recursos à disposição dos alunos e os inserem nesse trabalho em igualdade de condições com os escritores do passado e do presente. Na medida em que o aluno aproveita o que vivenciou por meio do texto, fará também uma (re)leitura, retomando o código conhecido e usando-o para sua (re)escritura, tão mais substancial e interessante porque enriquecida de outras vozes. A exploração consciente do papel do leitor é acirrada na contemporaneidade quando o autor se declara um leitor que se apropria de vários textos para elaborar o seu próprio texto, sem perder de vista, entretanto, a individualidade, pois, em última instância, ela determinará a sua autoria, o que o distinguirá dos respectivos "apropriados". A avaliação da produção textual do aluno, baseada em conceitos quantificadores, pode apresentar problemas, pela formulação e escolha dos critérios. Estabelecidos previamente, entretanto, a tendência é que se solucionem. Quaisquer deles deverão mostrar um sentido mais próximo da avaliação feita fora da escola sobre um filme, sobre um programa de televisão, sobre um editorial, sobre um fato polêmico do dia-a-dia, etc. Quando nos perguntamos "como avaliar redações?", temos em mente o exercício simulado da produção de textos, a tal redação escolar. Isso acontece porque na escola não se produzem textos em que um sujeito diz sua palavra, mas a simulação da modalidade escrita. Descaracterizando-se o aluno como sujeito, inibe-se- lhe o uso da linguagem na redação. Não há um sujeito que diz, mas alguém que devolve ao professor a palavra que lhe foi dita. Para existir coerência entre uma concepção de linguagem como interação e uma concepção de educação, deve acontecer uma mudança de atitude por parte dos professores, tornando-os interlocutores dos alunos, respeitando-lhes a palavra. Tal atitude não significa descartar a "correção", não aperfeiçoar o discurso do aluno e nem deixar de mostrar-lhe a variante padrão, mesmo percorrendo, às vezes, um longo caminho. É fundamental aceitar que o compromisso político da aula de língua materna é oferecer oportunidade de acesso a essa variante, proporcionando ao aluno condições aos bens de uso comum, enfim, inseri-lo na sociedade. A via da linguagem – é consenso – pode servir como catapulta para "a conquista de um lugar ao sol". Abrindo esse espaço, a escola atinge seus objetivos, sem anular ou violentar o sujeito e, melhor, estabelecendo trocas e parcerias. As produções textuais resultantes das propostas feitas a partir dos textos serão lidas pelos professores das turmas e devolvidas aos alunos com comentários "incentivadores", chamando atenção para os pontos positivos e cuidando para que os negativos não se transformem em obstáculos à escrita. É necessário o aluno entender que há um leitor do seu texto; não um leitor apenas interessado em descobrir erros gramaticais, mas no que ele tem a dizer. A escrita deve preencher a distância entre quem escreve e quem lê. O texto socializado exige cuidados de organização, sem os quais compromete-se a interlocução. Considero essa produção textual um enriquecimento, um refinamento da escrita, um jogo de possibilidades, um outro segmento da inserção do aluno no plano lingüístico, no sistema de que faz parte. No caso da língua escrita, o parâmetro do que determina um bom texto se estabelece pelo contato com "os melhores escritores" (no sentido lato, em qualquer gênero textual). Obviamente, tal parâmetro também é externo. Assim, o julgamento de uma produção é sempre relativo à produção social, à norma, à situação do grupo. Com as variáveis possíveis, a avaliação passa por aí, apesar de a criatividade de um texto não estar apenas no conteúdo, importando também as questões formais. Idéias extremamente originais nem sempre se transformam em "bons" textos. Deve-se conhecer e manipular plenamente as possibilidades que o sistema lingüístico disponibiliza, o que é diferente de rejeitar conscientemente as regras gramaticais. Parece oportuno discutir com os alunos o que entendem por "texto de qualidade", suas concepções sobre correção, originalidade, criatividade e estética, dentre outros conceitos subjetivos. Não tenho dúvida de que se aprende a escrever, escrevendo. O professor põe os alunos em contato com a maior diversidade de textos (linguagens), "trabalha" as suas características (no aspecto lingüístico e discursivo) e os estimula à expressão (produção escrita) nas várias instâncias. Assim, os alunos "penetram" efetivamente no texto, lidando com as questões intrínsecas ao ato de escrever, autoavaliando-se constantemente quanto às suas idéias e quanto à maneira de concretizá-las, incluindo a preocupação com o padrão culto da língua. A avaliação se faz naturalmente pelo próprio aluno, orientado pelo professor, fruto de consciência crítica, de aperfeiçoamento, de constante (re)elaboração, identificando, principalmente, o que ele já sabe. A tônica está no caminho percorrido e não exclusivamente na meta a ser atingida; em outras palavras, no avanço, e não nas marcas de fracasso. As diferenças formais, isto é, relativas à organização própria dos discursos, decorrem não somente de regras de "boa formação", mas também, e de maneira decisiva, de regras de "boa utilização", articuladas a fatores extralingüísticos, a todos os elementos que, não fazendo parte da linguagem verbal, condicionam o sucesso e são constituintes implícitos da significação. A autocorreção e/ou reelaboração de texto, ao supor um sujeito em ação reflexiva sobre a linguagem, redireciona o eixo do ensino da língua materna. Desloca-se o foco do plano metalingüístico – o ensino da descrição da língua como um fim – para o plano do uso da língua, articulada por sujeitos em interação e, como tal, elementos ativos no processo constitutivo de linguagem. Há relevantes implicações teórico-metodológicas nesse enfoque, como a valorização do texto do aluno como instância enunciativa do sujeito e aquele como entidade histórica, à medida que sujeito e texto se concretizam na ação, no trabalho sobre e pela escrita e na reescritura elaborada enquanto atividade exploratória das possibilidades de realização lingüística, de tal forma que o instituído pelos cânones gramaticais sirva a esse objetivo maior, passível de releituras e novas formulações. O aluno/escritor passa a leitor de si mesmo para manter a unidade, não perder o sentido global e burilar seu texto. Assim, a Gramática colabora para evitar mal-entendidos, (re)conhecida em função do uso e não da memorização. Ao debruçar-se sobre a primeira versão do trabalho, o aluno lê e relê, ajusta daqui e dali, alternando a figura de leitor para escritor (autor) e vice-versa, revendo e aperfeiçoando o próprio texto. A figura do autor/leitor, então, se revela como a de um agente mobilizador, cujas palavras são propulsoras de ações historicamente constituídas e, portanto, não podem ser apagadas, corrigidas, substituídas pontuadas e/ou reelaboradas para atender exclusivamente aos apelos imediatos da Gramática. A intenção é estabelecer a diferença da "redação para nota" com tema e número de linhas. "Minhas férias", "A Páscoa", "Meus amigos", "Meu passatempo preferido" são exemplos de títulos que passam longe das atividades para produção textual. No que me diz respeito, não pretendo que vivenciem tão deprimente experiência. É o caso de pensar naquilo que o professor que propusesse tais títulos poderia escrever sobre eles, se instado a fazê-lo. Voltando à questão da leitura como processo de "fertilização", como modelo para produções textuais criativas e adequadamente escritas, isso ocorre efetivamente não só no plano das idéias, como também no plano da forma, de maneira natural. O aluno se vê compelido a "apropriar-se" daquele texto por afinidade, sem estratégias para deflagrar um comportamento. Se o professor – ou qualquer agente de leitura - tem participação mais direta, é por conta da sugestão dos textos (e de sua adequada mediação) que põe à disposição, uma seleção de obras instigantes, que facilita o envolvimento. A sensibilidade do aluno, entretanto, determinará a sua relação com o texto; nesse momento, a tarefa é solitária, sem intermediários. Considerando a situação, não haverá espaço para tentativas de manipulação por parte do professor. Conhecimento do mundo, expectativas, experiências, tudo servirá para aproximar irremediavelmente o aluno daquele texto que o sensibilizou. Escritores e poetas têm declarado que seus textos são perpassados, em diferentes níveis, por outras leituras, influências, homenagens, identificações. Não parece importante buscar o motivo, mas registrar o fato. João Cabral de Melo Neto, por exemplo, faz uma leitura da escrita de Graciliano Ramos que bem o atesta: Graciliano Ramos Falo somente com o que falo: com as mesmas vinte palavras girando ao redor do sol que as limpa do que não é faca: de toda uma crosta viscosa, resto de janta abaianada, que fica na lâmina e cega seu gosto da cicatriz clara Falo somente do que falo: do seco e de suas paisagens, Nordeste, debaixo de um sol ali do mais quente vinagre: (...) Falo somente por quem falo: por quem existe nesses climas condicionados pelo sol pelo gavião e outras rapinas. (...) Falo somente para quem falo: quem padece sono de morto e precisa de um despertador acre como o sol sobre o olho que é quando o sol é estridente a contra-pelo, imperioso, e bate nas pedras como se bate numa porta a socos. Para Walty e Cury (1999), além de marcar o estilo seco e a temática nordestina, tão características da obra de Graciliano, João Cabral também situa o escritor alagoano, contrapondo-o à estética vigente no período ("resto de janta abaianada") e da qual a opção literária de Graciliano se diferencia. Transferindo a ação para o leitor comum, não mais o poeta ou o escritor consagrado, o processo não muda, mas apenas o resultado, o produto final, dizendo respeito ao nível de excelência da criação do texto. O aluno (leitor) se espelha num modelo; às vezes, louvando-o, outras, dele se apropriando de diferentes maneiras para aperfeiçoar seu texto. Assim, leitura e escrita se tornam faces da mesma moeda. A determinação do momento exato em que deixa a rubrica de autor e passa a de leitor é indiferente. Comemora-se o que o fato estético provocou: não só reflexão, mas identificação. O leitor, ao se transformar em autor, se apropriará de tal fato para (re)utilizá-lo em sua escrita pessoal, como melhor lhe aprouver. Entre o autor e o leitor, a palavra circula, transita; como se dá, na verdade, só aos dois interessa. Referências bibliográficas: BITENCOURT e outros, Iara Conceição (orgs). Ler e escrever, compromisso de todas as áreas. Editora da Universidade/ UFRGS. Porto Alegre, 1999 BRAIT, Beth. Bakhtin: dialogismo e construção do sentido. Editora da UNICAMP. Campinas, 1997 CLAVER, Ronald. Escrever com prazer: oficina de produção de textos. Dimensão.Belo Horizonte, 1999 GERALDI, João Vanderley. O texto na sala de aula. Ática. Rio de Janeiro, 2002 PEREIRA, Maria Teresa Gonçalves. A concretização funcional e estética da gramática da língua: do texto escrito ao texto produzido (aluno leitor/leitor autor). Projeto de Pesquisa/PROCIÊNCIA – UERJ. Rio de Janeiro, 2006 VANOYE, Francis. Usos da linguagem. Martins Fontes. São Paulo, 1993 WALTY, Ivete & CURY, Zilda. Textos sobre textos: um estudo de metalinguagem. Dimensão. Belo Horizonte, 1999 YAGUELLO, Marina. Alice no país da linguagem: para compreender a lingüística. Editorial Estampa. Lisboa, 1997

RELATÓRIO DO ENCONTRO COM OS CURSISTAS - OFICINA 05 - TP3 - UNIDADE 9 E 10



Quinta-feira, 6 de Agosto de 2009
DIA 05/08/2009 3º ENCONTRO COM MEUS CURSISTAS... oficina cinco - TP3 - UNIDADE 9 E 10-
Não foi possível realizar o encontro com os cursistas no dia 07/08/2009 como havíamos previsto pelo cronograma. Por motivo das aulas retornarem somente no dia 10 de agosto e como estamos atrasadas com as oficinas , decidimos que faríamos nosso encontro no dia 05/08/2009 na parte da manhã e tarde..
O encontro aconteceu na Escola Estadual Joviano de Aguiar e teve início às 8h. A carga horária desse encontro foi de 8h.Nesse dia, faltaram alguns professores na parte da manhã, mas a tarde apareceram e justificaram a ausência.Tivemos também a presença de dois professores que interessaram em participar como ouvinte, pois estão cursando ainda o curso de letras.Eu como formadora do Gestar II procurei uma maneira bem dinâmica e descontraída
Para que os cursistas não se sentissem cansados e desmotivados já que esse dia seria o dia todo. Iniciamos a mensagem de boas vindas junto com a turma de matemática por terem somente um data show.A mensagem para iniciar esse encontro foi "As Sementes".Após a mensagem foi perguntado se alguém queria comentar sobre a mensagem, mas talvez por timidez, nenhum professor manifestou.Fiz um breve comentário; que somos profissionais e que diariamente lançamos sementes e que o resultado dessa colhe ta talvez só veremos depois de algum tempo.Em seguida foi dividida a turma de matemática e a de português.Pedi que colocassem as cadeiras em círculo e distribuir entre elas um papel branco e alguns pincéis coloridos.Apesar de todos os professores serem conhecidos fizemos a apresentação da seguinte forma.Cada professor escreveu seu nome e uma mensagem.Poderia ser pensamento , música , fragmento de alguma poesia que gostasse.Foi muito interessante, porque mesmo sabendo o nome de cada um, ainda tivemos surpresas de alguns comentários que foram feitos , como por exemplo origem do nome.Foi feito um mural no centro do circulo e no final percebemos que o que cada um escreveu e comentou, tinha a ver e muito com o que iremos deparar daqui pra frente.Percebi nos cursistas muito empenho e entusiasmo com o gestar II.Como havia proposto no encontro passado que lessem a unidade 9 e 10 da TP3 , que fala sobre gêneros textuais foi feito a dinâmica da caixa de linguagem. Em grupos de três ,escolheram , selecionaram e classificaram quanto o gênero e apresentaram a maneira de como trabalhar dentro da sala de aula. Foi muito bom , pois assim pude observar como o nível dos professores estão.Todos mostraram bastante segurança quanto aos gêneros textuais não havendo dúvida alguma para classifica-los.Isso facilitou muito a discussão e como eles estavam bem inteirados do assunto ,ficou claro como os professores cursistas têm um trabalho muito sério em sala de aula.( Tanto os professores da rede municipal quanto a estadual ), foi entregue a eles cópias textuais , o porque de estudar gêneros textuais na escola e a diferença entre tipo e gênero textual , tendo como referência Luiz Antônio Marcuschi que muitos conhecem ,pois alguns professores estão fazendo pós-graduação.
Fizemos uma pausa para o lanche. No próximo momento ,surgiram algumas dúvidas sobre o portfólio, memorial de leitura e outros pontos que alguns professores estavam em dúvida.
Entreguei cópia contendo toda a explicação quanto às dúvidas e fui explicando passo a passo com eles. Voltei a explicar o que tinha falado no encontro anterior, porque alguns não federam participar .Saímos às 12h para o almoço.
Retornamos às 13 horas. Nesse terceiro momento aplicamos o avançando na prática...
Foram divididos os grupos para escolherem qual das seis seções do avançando na prática trabalharia com os alunos. A professora Andréia fez uma colocação muito válida e todos acharam muito interessante a forma que ela propôs, que cada grupo dividisse por série para trabalhar todas as seções, assim no próximo encontro teríamos várias apresentações de trabalhos dos alunos para relatar.Achei muito boa a idéia , já que o objetivo é esse, trabalhos em grupos, adquirir experiências com os colegas, ver o que deu certo ou não para o melhoramento do ensino e interesse dos alunos em sala de aula adequando cada seção do avançando na prática com o desenvolvimento da turma.Essa parte demorou mais, porque foram separadas por séries.Finalizando pedi que estudasse a unidade 11 e 12 da TP3 e que escolhessem um avançando na prática para realização das duas oficinas devido o pouco tempo que temos para cumprir as oficinas propostas pela coordenadora Tamar.Os professores questionaram o pouco tempo , mas falaram que iriam fazer o possível para realizar e recolher o material do aluno para discutirmos no próximo encontro.O próximo encontro ficou ainda a decidir.Assim que resolvermos colocarei no novo cronograma já que tivemos que mudar por causa do inicio das aulas que começarão dia 10.
ABRAÇOS E ATÉ O PRÓXIMO ENCONTRO...
Postado por Sumara Kênia às 03h36min zero comentário




sábado, agosto 01, 2009

COMO ELABORAR UM MEMORIAL...

O memorial é um documento que você elabora passo a passo, no qual aparecem suas impressões sobre sua aprendizagem, os acertos, as vitórias, as falhas, os momentos difíceis, as paradas , as dúvidas. È uma espécie de "diário" no qual você poderá escrever e contar o que estiver sentindo, refletindo, vivenciando os gostos e desgostos ao longo do caminho. . È a oportunidade de registrar suas reflexões sobre os vários momentos do curso e sua relação com a prática pedagógica. . È o relato das adaptações e modificações que você estiver fazendo na maneira de trabalhar na sala de aula,usando as tecnologias. . É o local em que você pode anotar emoções, descobertas, sucessos e insucessos de sua trajetória pedagógica com as tecnologias. . É o registro da história de sua aprendizagem durante o curso e de suas consequ~encias no seu cotidiano.Na elaboração do Memorial podem surgir dúvidas. É provável que você se sinta inseguro(a) e desestimulado(a) para escrever , enquanto outros talvez se sintam desafiados a produzir o Memorial.Em qualquer caso, note que o memorial não é algo pronto e acabado, com roteiro rígido e previamente definido, mas é a descrição de um conjunto de observações e comentários, cuja construção espelha e acompanha o seu processo de aprender. Você pode incluir no Memorial: . as suas reações, dificuldades e facilidades encontradas no decorrrer da realização das atividades do curso; . as experiências pedagógicas e mudanças na prática de sala de aula que tenham relação com o curso; . as reações do curso a sua experiências e mudanças. . as relações do curso com a sua experiência anterior; . as trocas de experi~encias entre você e outros colegas de curso; . outras idéias que voc~e considere importantes. O Memorial também tem a função de promover e praticar a auto-avaliação. nesse caso, você pode registrar nele; . como está o seu desempenho; . que fatos demonstram mudanças na sua prática pedagógica; . como voc~e está aproveitando as atividades de aprendizagem e de avaliação; .quais as suas maiores dificuldades no curso; . o que você está fazendo para superar suas dificuldades; . que transformação ocorreram nas suas relações com seus alunos. O Memorial é um processo que se desenvolve ao longo de cada módulo e só termina com o curso por ser uma construção contínua.E é simples de fazer , se for encarado com tranquilidade; faça como quem esreve uma carta, falando do curso que está fazendo.